Gamification, a influência da geração e as empresas
O interesse intrínseco que move a nova geração de profissionais é um dos fatores que levaram pesquisadores a utilizar nas atividades produtivas a Gamification. Um conceito estratégico de interação entre pessoas e processos com base no oferecimento de incentivos que estimulem o engajamento dos envolvidos de maneira “lúdica” para atingir um objetivo, proporcionando melhorias nos resultados das empresas por meio da motivação dos envolvidos.
O sistema que utiliza o conceito da Gamification deve proporcionar um feedback rápido, imediato com metas e desafios aos usuários com base em uma plataforma cujas características incluam níveis a serem alcançados, construção em equipe, pressão por tempo, ganho de produtos virtuais e recompensas quando as metas forem atingidas.
Os fatores considerados como críticos são abordados de forma resumida neste artigo e que são importantes a serem considerados. A sistematização do conhecimento é alvo de inúmeros estudos no mundo científico e mesmo com a tecnologia em alta e os avanços da Neurociência em parceria com a Psicologia, ainda pouco se sabe, mas é certo que desde nossa criação, somos motivados a vencer em nossas disputas diárias, em nossos jogos, envolvidos pela competição e a cooperação.
E com essa dinâmica de jogo, a intrínseca vontade de vencer e a obtenção da respectiva recompensa, que a Gamification se insere.
As características das gerações interferem e muito na análise desse contexto. Estudos indicam que a Geração Y, aquela cujas pessoas nasceram na década de 80 tem como algumas das características: integração da vida profissional com a vida pessoal, indefinição de horários e local de trabalho, impaciência, inquietação… cujos comportamentos podem ser utilizados, sim, em benefício de uma atuação em equipe que gera resultados rápidos e obtém o maior número de experiências possíveis.
As pesquisas demonstram que esses profissionais com características imediatistas, ficam pouco tempo em cada empresa, são avessos a vínculos e loucos por desafios, que se não alcançados, iniciam novamente, para fazer “mais e melhor” como num jogo, em que o objetivo é passar para a próxima fase.
A Geração Z, aqueles que nasceram na década de 90, então nem se fala! Desde que nascem têm acesso ao mundo digital e estão totalmente inseridos no mercado de trabalho, tendo como exemplo suas próprias mães. O mundo dessa geração é o iPad, o celular, o computador e as relações estabelecidas com ele e entre eles. Música, TV, conectividade, internet, tudo ao mesmo tempo. Resultado: conceitos diferenciados de autoridade, maturidade, igualdade, relacionamentos. Pessoas autodidatas, dinâmicas, sem horários restritos, hierarquias… Mas quais as consequências disso?
Esse “conflito” de gerações entre pessoas que estão em uma empresa da Geração X, pautadas na construção de carreiras, laços pessoais, versus geração Y e Z, com jovens que estão chegando, totalmente abertos ao jogo, a novas experiências, relacionamentos, sem medo de perder e poder começar de novo para atingir a meta do desafio do jogo, tem muito a contribuir se abordados de forma positiva.
O fato é que as empresas precisarão adaptar seus processos e suas formas de trabalho. É necessário engajar essas gerações no ambiente de trabalho de jogo “versus não jogo”, de forma que elas se sintam motivadas para atingir as metas. Tarefa desafiadora que vem ao encontro à Gamification.
Em nosso próximo artigo descreveremos um pouco das experiências de Gamification no Brasil e no mundo. Vamos falar como isso funciona e como obter a motivação e o engajamento das pessoas por meio de técnicas e exemplos de aplicação.